Imagem/Reprodução: Da esquerda para direita: Andrade Fernando Egas, Bruno Oliveira Andrade, Silva Tavares Ngovene, Dartagnan Baggio Emerenciano, Agnelo dos Milagres Fernandes, Narciso Bila e Nilton José Sousa
Neste último mẽs de outubro, os pesquisadores da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, Dartagnan Baggio Emerenciano e Nilton José Souza, em conjunto com Paula Carvalho e Bruno Oliveira Andrade, membros da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), estiveram em Moçambique para avaliar a implantação do Centro Agroflorestal de Mabalane (CEFLOMA II).
A implementação do centro tem como objetivo a transferência de tecnologias agroflorestais para o controle e redução da degradação ambiental, através de técnicas adaptadas ao clima árido e semiárido no distrito de Mabalane, na província de Gaza, no interior do país. Com foco na redução do desmatamento da vegetação nativa, o projeto tem como intuito diminuir os impactos ambientais negativos e promover maior acessibilidade à agua, além da melhoria de vida da população local, por meio da capacitação nas áreas de silvicultura, manejo florestal, segurança alimentar, sustentabilidade e agricultura familiar.
Desenvolvido junto a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o projeto terá o envolvimento dos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná/FUPEF e da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). A duração prevista é de 4 anos a partir do primeiro semestre de 2023.
Ainda em Moçambique, a comitiva que visitou o país teve um encontro com o Embaixador do Brasil, Ademar Seabra da Cruz Junior, para a apresentação do projeto e definição das ações para o início da empreitada. Na oportunidade foi entregue o livro Pinhão Indígena – A Culinária do Paraná de autoria de Helena Menezes, pesquisadora da FUPEF na área de nutrição com o uso do pinhão para alimentação, fruto da Araucaria angustifolia. Pesquisadores da FUPEF plantaram em 2009, 1850 araucárias (pinheiro do Paraná) em experimentos no CEFLOMA I, na floresta de Inhamacari em Machipanda, com o objetivo de difundir o manejo florestal da espécie e também para servir futuramente como complemento alimentar para as populações locais.